domingo, 19 de maio de 2013

COMER CARNE


Hoje li um texto muito bacana sobre a relação entre poluição e consumo de carne no blog do José Eduardo Mendonça, no site do Planeta Sustentável. 
Reproduzo aqui porque vale a pena ler e pensar sobre o hábito de comer carne a nossa responsabilidade. Comendo carne nós incentivamos a produção do alimento e causamos mais poluição ao planeta.
"Como o hábito de comer carne prejudica o planeta
Por José Eduardo Mendonça - 15/05/2013
Sempre que se discute as causas da mudança do clima, os combustíveis fósseis aparecem no topo da lista. Petróleo, gás natural e especialmente o carvão são mesmo fontes importantes das emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa causadas pelo homem. Mas o ciclo de vida e a cadeia de fornecimento de animais domesticados e criados como alimento são vastamente subestimadas no quadro, segundo um estudo do WorldWatch Institute.
De fato, diz o trabalho, o consumo de carne responde por pelo menos metade das emissões – ou seja, mais do que todas as outras fontes combinadas. Se este argumento estiver certo, ele implica que substituir os produtos de carne com melhores alternativas seria a melhor maneira de reverter a mudança do clima. Isto teria efeitos muito mais r ápidos na queda das emissões e de suas concentrações atmosféricas do que as ações para substituir os combustíveis fósseis por energia limpa.
Já se sabe h� � anos que o consumo de carne contribui com a emissão de gases. Um trabalho de 2006 da Organização para Alimentos e Agricultura da ONU (FAO), de 2006, A Longa Sombra do Gado, estima que 7.516 milhões de toneladas métricas por ano de CO2 equivalente, ou 18% das emissões anuais de gases estufa, são atribuíveis a gado, búfalos, carneiros, bodes, camelos, cavalos, porcos e frangos. O relatório do WorldWatch Institute, por ém, vai mais longe ao afirmar que a carne e seus subprodutos respondem por pelo menos 32.564 milhões de toneladas de CO2, ou 51% das emisss ões anuais de gases estufa.
Há muito mais na conta do que as emissões diretas, comenta o Huffington Post. Primeiro, há uma questão de eficiência. A vasta maioria das calorias consumidas por frangos, porcos ou outros animais são utilizadas para manter estes animais vivos (ou, na produção de sangue, ossos e outras partes que humanos não consomem). Apenas uma pequena porção destas calorias é transformada em carne.

A natureza anti-ambiental do consumo de carne se torna mais flagrante quando se leva em conta todos os estágios de produção necessários para levar os produtos à sua mesa. Primeiro, tem de se plantar muito mais milho, grãos e soja (com tudo que isto consome em aragem, irrigação, fertilizantes venenosos, etc.) do que se comêssemos as plantas diretamente. Depois, todos estes grãos têm de ser transportados para fabricantes dos alimentos para os animais, em carretas que usam muita gasolina e diesel. Daí, gasta-se uma grande quantidade de energia para tocar os moinhos, colocar tudo de volta nos caminhões e percorrer grandes distâncias até onde o gado se encontra amontoado, levar os animais mortos até os abatedouros, operar os abatedouros, colocar a carne mais uma vez nos caminhões e levá-la até as processadoras de alimentos e daí para os supermercados. E mais: manter tudo em geladeiras e freezers nas lojas, e depois nos lares. Dá o que pensar."
Foto: Pedro Moura Pinheiro/Creative Commons

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