terça-feira, 24 de julho de 2012

O DEVER DE TODOS

O que para muitos pode parecer besteira para outros é sinônimo de compromisso. Nossas atitudes com relação ao meio em que vivemos acarretam conseqüências para todos os seres vivos inclusive para nós mesmos. Ter consciência da nossa responsabilidade enquanto ser vivente do planeta é primordial para que tenhamos qualidade de vida por muito mais tempo, garantindo a qualidade também para as futuras gerações.
Nossos atos não se resumem ao que está à nossa volta. Uma simples bolinha de papel jogada no chão pode ser levada pelo vento até bueiros, dos bueiros caem na rede de esgoto e se juntam a todas as outras bolinhas de papel jogadas no chão por cada habitante. A água que consumimos, quanto mais suja, se torna mais difícil e mais caro o seu tratamento e reaproveitamento. A conseqüência disso é o encarecimento da conta de água e a escassez para quem não pode pagar por esse preço.
O resto de óleo, usada na fritura dos alimentos em um simples almoço na nossa casa, acontece o mesmo. Um litro de óleo é capaz de contaminar um milhão de litros de água. As companhias de tratamento de água com toda certeza repassam o custo do tratamento para nós, consumidores e dependentes dessa água. Eu, como cidadã de classe média, consigo continuar pagando pela água, mesmo que a conta sofra um aumento no final do mês. Mas a grande maioria das pessoas pode ser que não consiga mais pagar pela mesma água que eu ajudo a sujar e que ajudo a encarecer. E onde está minha responsabilidade? A minha responsabilidade é que, sabendo disso tudo, não devo ajudar a excluir mais ainda uma grande parcela da população que já discriminada socialmente por não ter o mesmo poder aquisitivo que eu. Essa é a minha responsabilidade. É nesse momento que entra a minha consciência e que deveria entrar a consciência de muita gente.
Sim, não são somente os cidadãos de classe média que poluem. Todos os habitantes do planeta poluem e não há como deixar de poluir. Mas há como evitar a poluição desnecessária, há como reduzir o lixo, há como descartar corretamente os resíduos que já não servem mais e há como ajudar a divulgar e conscientizar mais pessoas. A qualidade de vida de todos está em jogo. O bem estar e a sobrevivência no planeta dependem sim de pequenas ações, mas de pequenas ações de todos. Governos e grandes empresas são responsáveis por uma grande parte da poluição gerada no planeta mas nós, cidadãos de classe média ou não, além de fazer a nossa parte, também podemos cobrar destes órgãos atitudes mais responsáveis. Isso tudo é nosso papel. Isso tudo é nosso dever como cidadão e como inquilinos deste planeta chamado TERRA.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

OS RESÍDUOS E SUA DESTINAÇÃO


Estamos nos acostumando a identificar os resíduos que devem ser descartados quando nos deparamos com as lixeiras coloridas (azul, verde, vermelho e amarelo). É fácil saber a destinação de uma revista, de uma latinha de refrigerante ou de uma garrafa pet. A questão é que existem resíduos que geramos que são difíceis de se identificar a correta destinação e, embora possam ser reciclados, não devem ser destinados para a reciclagem comum.
Entre esses resíduos podemos citar o isopor, a borracha, os CDs e as radiografias velhas. A reciclagem destes pode gerar mais resíduos tóxicos e, considerando o material de que são feitos, também requerem um tratamento diferenciado na hora de reciclar. Para esses casos, a Lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, recomenda que fabricantes, comerciantes e importadores recolham esses materiais.
Abaixo segue indicações para a correta destinação e tratamento adequado de alguns tipos comuns de resíduos que merecem tratamento especial:
MEDICAMENTOS FORA DA VALIDADE OU SEM USO: Todos os medicamentos são compostos de substâncias químicas que podem contaminar solo, água e ar quando descartados no lixo comum. Para nossa segurança, o descarte deve ser em locais autorizados a receber como os pontos de coleta existentes nas drogarias Panvel (RS, SC e PR), na Droga Raia (SP, RJ, MG, RS, SC e PR) e da rede Pão de Açúcar/Extra (SP).
RADIOGRAFIAS NÃO MAIS UTILIZADAS: As chapas de raio X são compostas, entre outros materiais, de metais nobres que podem ser utilizados em utensílios e até mesmo em jóias. Para isso, requerem tratamento especial na recuperação pois o processo de reciclagem gera resíduos altamente tóxicos. Para o descarte correto também devem ser entregues nos pontos autorizados como: Hospital das Clínicas (SP), Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas). Clientes dos laboratórios Fleury e a+ Medicina Diagnóstica podem entregar radiografias nas unidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Brasília.
CARTUCHOS DE IMPRESSORA TINTA E TONER: Os resíduos desses cartuchos merecem atenção especial, pois podem contaminar água se manuseados incorretamente. No caso do cartucho de toner a inalação do pó, extremamente fino, ainda pode causar doenças e danos para os pulmões. Para o descarte correto: Cartuchos da HP (além de outros equipamentos da marca) devem ser acumulados um total de no mínimo 5 itens para solicitar o recolhimento através do site. Para cartuchos da Epson é possível o descarte em lojas revendedoras.
LÂMPADAS FLUORESCENTES: Essas lâmpadas são feitas com mercúrio, altamente tóxico e contamina o ar quando a lâmpada é quebrada. O risco é grande pois o metal não é eliminado pelo organismo e seu acúmulo pode gerar doenças neurológicas. O descarte deve ser feito em lojas de materiais de construção como: Leroy Merlin (SP, RJ, PR, RS, MG, GO e DF).
ÓLEO DE COZINHA USADO: Apenas 1 litro de óleo é capaz de contaminar até um milhão de litros de água. A recuperação dessa água gera custo alto e acaba voltando para o bolso de quem contaminou. Para evitar esse problema, o óleo usado pode ser descartado: em São Paulo, o óleo vegetal armazenado em garrafas PET pode ser entregue na ONG Trevo (Instituto Triângulo e do Hospital das Clínicas). O Supermercado Carrefour também tem pontos de coleta nas lojas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
PILHA E BATERIAS: A oxidação das capas das pilhas e das baterias faz com que o material se rompa e que metais pesados como mercúrio, chumbo e níquel fiquem expostos contaminando o ar, o solo e a água. Para não correr risco, esses materiais podem ser descartados: Agências do banco Santander, redes do Supermercado Carrefour, Pão de Açúcar e Drogaria São Paulo. Baterias de celulares podem ser entregues nas lojas das operadoras Vivo, Tim, Oi e Claro ou encaminhar para cooperativas de reciclagem de lixo eletrônico.