No dia 15, da semana passada, foi celebrado o Dia do Consumidor, data criada para lembrar dos direitos do consumidor e das empresas
prestadoras de serviços e indústrias fabricantes de produtos. De uns anos para
cá, tem-se aproveitado a data para falar a respeito do consumo consciente, uma
prática que vem sendo adotada por muitas pessoas em prol do meio ambiente.
O dia 15 foi escolhido em 1962, quando o presidente do
Estados Unidos, John Kennedy, instituiu o Dia Mundial dos Direitos do
Consumidor, para dar mais proteção aos interesses de consumidores. Vinte e três
anos depois, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) adotou os Direitos do
Consumidor como Diretrizes das Nações Unidas, dando legitimidade e
reconhecimento internacional para a data.
O principal personagem do dia, o consumidor, está cada dia
mais consciente de seus direitos e, agora, mais consciente também do seu dever
de preservação do meio. O consumidor consciente nasceu da necessidade de
repensarmos nossos hábitos de consumo para um mundo menos poluído, com menos
lixo e com menos devastação da natureza. A necessidade surgiu em função do caos
que vivem grandes cidades pelo mundo e de uma onde de consciência ambiental que
já vem sendo discutida e colocada em práticas há alguns anos. Essa onda é
recente. Na década de 70 aconteceram as primeiras reuniões entre Governantes do
mundo para se pensar sobre a destruição ao planeta causada pelo homem. Mas foi
a partir da década de 90 que as ações em defesa do planeta se intensificaram e
começaram a sair, de fato, do papel.
O consumidor consciente pensa não só no consumo supérfluo,
mas também no impacto que seu consumo causará no mundo. São muitos os impactos
causados pelo consumo, por isso é tão importante pensar na hora de consumir e
tentar, de alguma forma, consumir o que se precisa tentando causar o menor
impacto possível no planeta, pois, no final, somos todos vítimas dos nossos
próprios atos.
Esse impacto acontece de muitas formas.
1- Uma delas é a partir do próprio consumo. Quanto mais
consumimos, mas precisa-se produzir para que nosso consumo seja alimentado.
Quanto mais se produz, mais recursos naturais são extraídos e mais danos são
feitos ao planeta. Muitos recursos são retirados do meio de forma ilegal,
outros são extraídos em demasia. Muitos recursos que temos são finitos e com o
aumento do consumo, no consumo supérfluo e desenfreado, sentimos esse impacto
na forma como os preços sobem.
2- Um outro impacto que o consumo traz é no lixo gerado após
o consumo. Esse lixo é gerado principalmente no descarte de embalagens, sacolas
plásticas, papéis utilizados, restos e por produtos que se tornam obsoletos ou
que se danificam com o tempo. Todo esse lixo acaba sendo descartado pelo
consumidor e jogado “fora”. Esse “fora” pode significar fora da nossa casa mas
é claro que esse lixo irá para ar em algum lugar, como em alguns aterros
sanitários e muitos lixões. O risco dos lixões é a contaminação de solo, ar,
água e animais, que acabam retornando para o próprio consumidor.
3- A poluição é uma consequência do consumo também. A
produção de bens para nosso consumo gera muita poluição e o descarte do lixo que
temos em casa gera poluição também. Nesse caso, é importante ressaltar que a
própria indústria também é consumidora e que gera lixo pelo seu consumo também.
Sentimos isso com a quantidade de doenças que se alastram pelas cidade, em
especial as causadas pela água e ar contaminado.
4- A extinção de espécies de plantas e animais é outra consequência Pode parecer estranho a muitas pessoas se preocuparem com a
extinção das baleias, por exemplo, um animal que vive distante da nossa
realidade nos grandes centros. Mas o que não enxergamos é que com a extinção
das baleias aquele meio perde seu equilíbrio natural. Sem o predador, muitos
outros animais podem se multiplicar. Se multiplicando, outros animais podem
também ser extintos por essa grande quantidade multiplicada de predadores. Esse
é só um exemplo de como uma cadeia inteira pode ser afetada. Sentimos essa consequência quando vamos às compras, por exemplo, e não encontramos algum tipo
de peixe ou encontramos elevados preços na compra desses alimentos. Outra consequência que sentimos é quando determinada lagoa ou rio se tornam tóxicos
por uma elevada quantidade de algas que se proliferaram ali, provavelmente por
um desequilíbrio na cadeia daquele local.
O consumidor consciente não deve parar de consumir. Consumir
faz parte do nossos sistema econômico e é vital para continuarmos avançando em
tecnologia, conforto e formas práticas de sobrevivência.
O consumidor consciente é aquele que é capaz de consumir
pensando nesses impactos todos. É o consumidor que:
1- se preocupa em utilizar menos sacolas plásticas;
2- opta por produtos que contenham menos embalagens;
3- verifica selos do Ministério da Agricultura, selos de
empresas certificadoras e se preocupa se aquele produto é de origem legal;
4- reaproveita embalagens no uso doméstico;
5- não desperdiça alimentos;
6- não compra produtos de empresas que tenham sofrido
processos relativos ao trabalho escravo ou exploração de mão-de-obra;
7- separa seu lixo para a reciclagem;
8- não consome apenas para se manter na moda;
10- educa seus filhos para serem cidadãos sustentáveis.
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