segunda-feira, 18 de março de 2013

DIA DO CONSUMIDOR


No dia 15, da semana passada, foi celebrado o Dia do Consumidor, data criada para lembrar dos direitos do consumidor e das empresas prestadoras de serviços e indústrias fabricantes de produtos. De uns anos para cá, tem-se aproveitado a data para falar a respeito do consumo consciente, uma prática que vem sendo adotada por muitas pessoas em prol do meio ambiente.

O dia 15 foi escolhido em 1962, quando o presidente do Estados Unidos, John Kennedy, instituiu o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, para dar mais proteção aos interesses de consumidores. Vinte e três anos depois, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) adotou os Direitos do Consumidor como Diretrizes das Nações Unidas, dando legitimidade e reconhecimento internacional para a data.

O principal personagem do dia, o consumidor, está cada dia mais consciente de seus direitos e, agora, mais consciente também do seu dever de preservação do meio. O consumidor consciente nasceu da necessidade de repensarmos nossos hábitos de consumo para um mundo menos poluído, com menos lixo e com menos devastação da natureza. A necessidade surgiu em função do caos que vivem grandes cidades pelo mundo e de uma onde de consciência ambiental que já vem sendo discutida e colocada em práticas há alguns anos. Essa onda é recente. Na década de 70 aconteceram as primeiras reuniões entre Governantes do mundo para se pensar sobre a destruição ao planeta causada pelo homem. Mas foi a partir da década de 90 que as ações em defesa do planeta se intensificaram e começaram a sair, de fato, do papel.

O consumidor consciente pensa não só no consumo supérfluo, mas também no impacto que seu consumo causará no mundo. São muitos os impactos causados pelo consumo, por isso é tão importante pensar na hora de consumir e tentar, de alguma forma, consumir o que se precisa tentando causar o menor impacto possível no planeta, pois, no final, somos todos vítimas dos nossos próprios atos.

Esse impacto acontece de muitas formas.

1- Uma delas é a partir do próprio consumo. Quanto mais consumimos, mas precisa-se produzir para que nosso consumo seja alimentado. Quanto mais se produz, mais recursos naturais são extraídos e mais danos são feitos ao planeta. Muitos recursos são retirados do meio de forma ilegal, outros são extraídos em demasia. Muitos recursos que temos são finitos e com o aumento do consumo, no consumo supérfluo e desenfreado, sentimos esse impacto na forma como os preços sobem.

2- Um outro impacto que o consumo traz é no lixo gerado após o consumo. Esse lixo é gerado principalmente no descarte de embalagens, sacolas plásticas, papéis utilizados, restos e por produtos que se tornam obsoletos ou que se danificam com o tempo. Todo esse lixo acaba sendo descartado pelo consumidor e jogado “fora”. Esse “fora” pode significar fora da nossa casa mas é claro que esse lixo irá para ar em algum lugar, como em alguns aterros sanitários e muitos lixões. O risco dos lixões é a contaminação de solo, ar, água e animais, que acabam retornando para o próprio consumidor.

3- A poluição é uma consequência do consumo também. A produção de bens para nosso consumo gera muita poluição e o descarte do lixo que temos em casa gera poluição também. Nesse caso, é importante ressaltar que a própria indústria também é consumidora e que gera lixo pelo seu consumo também. Sentimos isso com a quantidade de doenças que se alastram pelas cidade, em especial as causadas pela água e ar contaminado.

4- A extinção de espécies de plantas e animais é outra consequência  Pode parecer estranho a muitas pessoas se preocuparem com a extinção das baleias, por exemplo, um animal que vive distante da nossa realidade nos grandes centros. Mas o que não enxergamos é que com a extinção das baleias aquele meio perde seu equilíbrio natural. Sem o predador, muitos outros animais podem se multiplicar. Se multiplicando, outros animais podem também ser extintos por essa grande quantidade multiplicada de predadores. Esse é só um exemplo de como uma cadeia inteira pode ser afetada. Sentimos essa consequência quando vamos às compras, por exemplo, e não encontramos algum tipo de peixe ou encontramos elevados preços na compra desses alimentos. Outra consequência que sentimos é quando determinada lagoa ou rio se tornam tóxicos por uma elevada quantidade de algas que se proliferaram ali, provavelmente por um desequilíbrio na cadeia daquele local.

O consumidor consciente não deve parar de consumir. Consumir faz parte do nossos sistema econômico e é vital para continuarmos avançando em tecnologia, conforto e formas práticas de sobrevivência.

O consumidor consciente é aquele que é capaz de consumir pensando nesses impactos todos. É o consumidor que:

1- se preocupa em utilizar menos sacolas plásticas;

2- opta por produtos que contenham menos embalagens;

3- verifica selos do Ministério da Agricultura, selos de empresas certificadoras e se preocupa se aquele produto é de origem legal;

4- reaproveita embalagens no uso doméstico;

5- não desperdiça alimentos;

6- não compra produtos de empresas que tenham sofrido processos relativos ao trabalho escravo ou exploração de mão-de-obra;

7- separa seu lixo para a reciclagem;

8- não consome apenas para se manter na moda;

10- educa seus filhos para serem cidadãos sustentáveis.


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